quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Conto - Desespero

Observação:
Esse conto (era para ser uma narrativa, mas tudo bem) foi feita durante a aula de redação na escola. Era para ter no máximo 25 linhas mas eu acabei fazendo um pouquinho mais. Enfim, espero que gostem.

Ela era apenas uma jovem garota, mas sua beleza era a todos atrativa. Seus cabelos longos eram da mesma cor que seus olhos, em um lindo tom de castanho mel que era comum refletir um brilho encantador. Sempre fora muito magra, sorridente e diferente de todas as outras garotas.
Mas, isso não era suficiente para manter a jovem Ismália feliz. Sua vida já estava praticamente planejada desde o dia de seu nascimento, porém, isso não foi suficiente para frear o espírito sonhador de uma jovem adolescente italiana.
Filha de camponeses,nunca a incomodou. As pessoas de sua cidade sempre foram hostis, mas, sempre a discriminavam por ser diferente. Apaixonada por estrelas e arco e flecha, para ela, seria o seu futuro. Isso mudaria, já que, seus pais determinaram que aos dezessete anos ela teria que se casar com um estranho e se tornar dona de casa. Outra coisa que ela sempre repudiou foi a constante discriminação em relação as mulheres, muito presente em sua época, em pleno século XIV.
Começou a enlouquecer depois que descobriram sobre sua paixão e principalmente quando completou 17 anos. Teve de se casar com um homem desprezível que tinha pelo menos 20 anos a mais que ela. Porém, ele era rico e livraria a família dela de todas as dívidas, o que a fez mudar de ideia - mesmo contra sua própria vontade, caso contrário, ela teria de trabalhar até depois de sua vida para pagar uma coisa que ela nem ao menos causou.
A grande decisão foi tomada depois que reencontrou Lucy, a sua única e melhor amiga que teve em toda a sua vida.Ambas tinham uma paixão pela guerra, sem deixar de falar que elas haviam tido um breve romance no passado.Contou a Ismália que havia sido forçada ao mesmo destino que a outra, só que com Lucy era muito pior porque ela era violentada frequentemente. E o pior era que ela nem podia revelar nada, por ser uma criatura inferior na sociedade. Um absurdo!
Na noite desse mesmo dia, Ismália fugiu de casa até então atual. Não poderia ir muito longe, até por que ela não tinha muito. Já sabiam de sua fuga por toda cidade e não iria demorar para que lhe encontrassem. Mas ela tinha uma solução perfeita: o suícidio. Não era a melhor opção, porém, era a única viável no momento.
O vento frio da noite enevoante parecia castigá-la à medida em que caminhava para a ponte mais próxima. Seus pulsos, já cortados, emanavam uma grande quantidade de sangue (e seria o quê? leite? /parei) que manchavam o seu belo e longo vestido branco.
Antes que ela tivesse a oportunidade de pensar, olhou para o céu. Era uma noite serena e sombria, que expressavam claramente os seus sentimentos. Viu a lua no céu e o reflexo na água do mar. Não pode deixar de dar um sorriso triste, enquanto uma lágrima caía em seu rosto. Fechou os olhos e respirou fundo. Abraçou o seu ventre, onde já residia um bebê. Ela pulou e sua última sensação foi da água gelada misturada às lagrimas e do sangue da garota.
Depois de não terem encontrado-a, todos logo se esqueceram dela. Sua morte teria ocorrido em vão? Não se sabe. porém sua história se tornou popular, primeiro em Veneza, depois em toda a Itália, passando para o restante do mundo. No final de tudo a jovem Ismália deixou o seu exemplo para muitos, como prova de que nunca se deve deixar que o mundo interfira em seus sonhos, não importando que final você venha a ter.

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